No último dia do maior congresso de corretores de seguros da América Latina, 7 de outubro, a segunda palestra da plenária principal foi sobre o tema “Corretor digital”. Para participar deste debate, Amit Louzon (CEO da Ituran Brasil), Eduard Folch Rue (CEO da Allianz Seguros), Roberto Santos (CEO da Porto), Marcelo Mello (presidente de Investimentos, Vida e Previdência da SulAmérica), Eduardo Borges (vice-presidente do Grupo Autoglass) e Manuel Matos (1° vice-presidente da Fenacor) foram os convidados.
Amit Louzon foi o primeiro a discursar sobre o tópico. Para ele, o corretor precisa se preparar para o mundo digital, mas não apenas para a oferta de seguros: é preciso se preparar para a captação de leads. ”Se os corretores não se prepararem para o mundo digital, vão perder a entrada da demanda nos canais. A transformação digital tem que ser o melhor amigo dos corretores.”, disse ele.
Este preparo tem que vir do próprio interesse dos profissionais para que, assim, eles possam entender a ferramenta que desejam utilizar. No entanto, para Marcelo Mello, o corretor precisa ter atitude e empatia digital, pois, a transformação vai além de usar novas plataformas: “Com tantas ferramentas, como tirar proveito disso? Em primeiro lugar, acho que falta atitude, ferramenta não falta.”. A fim de ajudar os parceiros neste processo, o presidente de Investimentos, Vida e Previdência da SulAmérica sugere que os corretores gerem conteúdos interessantes para, assim, chegar nas bases. Além disso, é preciso entender como se engajar e ter uma boa estratégia.
Com um bom engajamento das redes digitais, o corretor de seguros pode alavancar os negócios e faturar mais. No entanto, nem sempre foi assim. De acordo com Roberto Santos, antes da pandemia, muitos corretores tinham receio de usar a internet, pois a viam como inimiga. Durante a pandemia, o cenário mudou e, por isso, hoje, diversos corretores já entendem a importância de estarem online nas redes. “Mais que empatia digital, como Marcelo falou, é preciso ter uma mudança de mindset, pensar como o segurado pensa.”, ressaltou o CEO da Porto.
Neste cenário, é importante que as seguradoras, assessorias, corretoras e corretores entendam o que o consumidor precisa. Como as necessidades e os desejos mudam, o processo de transformação digital não tem fim, é contínuo. Eduardo Borges, durante a plenária principal, destacou: “As ferramentas têm que facilitar a vida das pessoas.”. Assim, as lideranças precisam buscar entender mais sobre as novas inovações tecnológicas.
Assim como Roberto Santos, Eduard Folch Rue também acredita que o digital é uma atitude, uma nova mentalidade e, sem esta principal mudança, os pontos positivos podem não serem expressivos. “A ferramenta tem que ser utilizada com cuidado, com receio, porque as ferramentas podem ser usadas de forma errada.”, disse ele. Assim, o ideal é qualificar os corretores para que, assim, a experiência dos clientes seja a melhor possível.
Apesar das novas tecnologias e transformações, Manuel Matos acredita que é possível equilibrar o uso das novas ferramentas e o lado humano da profissão de corretores de seguros. “[As ferramentas] Elas entram na nossa vida, mas passam. O que fica é o nosso legado de generosidade com o trato ao nosso segurado.”, finalizou ele.
Fonte: CQCS