Especialistas acreditam que o recente encontro convocada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe biden, na última quinta-feira, 22, de lideranças mundiais de 40 nações entre elas o Brasil, no qual foi discutida uma nova agenda ambiental mais efetiva poderá ter futuros reflexos no mercado de seguros, seja nos produtos com coberturas para riscos diretamente ligados a questões do meio ambiente, mas também em carteiras como a de auto e de grande riscos, até em função das novas exigências da nova Lei das Licitações.
“Praticamente todos os ramos de seguros são, de uma forma ou de outra afetados pelas mudanças climáticas e, em geral, pelos efeitos das mudanças climáticas, que já trazem pobreza e fome, além de redução dos mercados consumidores de seguros”, afirma o consultor Sergio Ricardo, em entrevista para o CQCS. Segundo ele, a reunião significa uma chamamento para que os países se comprometam com a agenda global e antecipem ações para fazer frente às mudanças climáticas, que já afetam a todos e também ao mercado global de seguros, “com cada vez mais indenizações por furacões, tempestades tropicais, tsunamis, etc.”
No caso do seguro para veículos, Sergio Ricardo explica que a indústria como um todo vai se modificar e, cada vez mais, os produtos mais tecnológicos serão valorizados em detrimento dos menos tecnológicos e adaptados aos novos padrões. “É uma oportunidade para crescimento econômico, mas ao mesmo tempo vai acelerar os processos de mudança, inclusive no setor de seguros, que deverá trabalhar com focos e produtos mais amplos, valorizando a sustentabilidade”, frisa o consultor.
Nesse contexto, o seguro ambiental também será, em parte, favorecido pelas mudanças, pois deve haver um natural crescimento da procura por essa proteção. Contudo, Sergio Ricardo alerta que, a carteira “também poderá sofrer com sinistros”.
Fonte: CQCS