Em 2021, o mercado de fusões e aquisições brasileiro registrou o maior número de operações dos últimos dez anos, movimento alinhado ao mercado internacional, que também bateu recorde de crescimento histórico no ano passado.

E, no centro desse movimento, está o mercado segurador brasileiro, que tem atraído, particularmente, muito a atenção de fundos de investimento e mesmo de empresas do setor, interessadas em adquirir concorrentes.

Estudo recente da consultoria Hand, especializada na venda, compra e gestão de empresas, indica que há mais de 700 investidores, de 41 países, interessados em eventuais aquisições no segmento de seguros e benefícios no Brasil.

Segundo o diretor Técnico e de Estudos da CNseg, Alexandre Leal, o mercado segurador brasileiro é muito atrativo para investimentos porque cresce constantemente em um ritmo mais acelerado que o do resto da economia e do PIB e, devido ao seguro ainda ter uma baixa penetração em nossa sociedade, ainda tem muito mais a crescer.

E, para as empresa do setor, esse interesse dos investidores também vêm em muito boa hora, visto que elas precisam de recursos para investir no processo de transformação digital e segurança da informação.

José Venâncio, sócio da Hand, informa que, além das seguradoras, os investidores também têm mostrado grande interesse pelas corretoras de seguro, que atualmente giram em torno de 54 mil em atividade no Brasil. Ele explica que nesse negócio, a escala é muito importante, fazendo com que haja uma tendência natural para fusões e incorporações. Além disso, trata-se de um modelo de negócio onde a informalidade não tem espaço, tornando mais fácil para os investidores avaliar o desempenho das empresas em que pretendem investir. O estudo da Hand identificou mais de 200 corretoras com perfil para serem adquiridas ou receberem um investimento.